domingo, 3 de junho de 2012

Relatório final


Bom, galera, depois de todo esse tempo desde que terminou o evento, finalmente disponibilizo on-line o relatório enviado à União dos Escoteiros do Brasil.

http://www.4shared.com/office/jePH9Ww5/Relatrio_-_5_Encontro_internac.html

Sintam-se à vontade para divulgá-lo e reproduzi-lo. Já sabem que, sempre que precisarem, podem entrar em contato comigo, né?

Declaro, portanto, encerradas as atividades desse blog :)

Até a próxima e sempre alerta!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fotos, fotos e mais fotos

Prometido e cumprido...

Demorei um bom tempo para fazer upload em todas as fotos mas aqui elas estão!
Álbum no Picasa (Clique aqui)
Tive que reduzir o tamanho máximo para 1024 pixels senão não caberia na minha conta do Picasa. Se, por algum motivo, alguém precisar da foto maior, basta me enviar um e-mail (tcholas@gmail.com) ou um recado no Facebook (www.facebook.com/tcholas). A maior parte das fotos que eu possuo estão em 4320 x 3240.

Quanto aos vídeos, ainda estou colocando on-line. Por serem muito mais pesados, demora beeeeeeeem mais até conseguir enviar todos. De qualquer forma, alguns já estão disponíveis.


PS: Eu coloquei literalmente todas as minhas fotos nesse álbum. Mais tarde, vou fazer um álbum só com as melhores fotos (:

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Fim (?)


O último dia de atividades começou com uma visita ao museu da vida selvagem de Sharjah e ao museu de história natural. No primeiro, pudemos ver as espécies vivas e seus comportamentos... você sabia que existe uma espécie de gato selvagem que não precisa tomar água? E que os camelos tem patas longas para ficar longe do calor do chão? É muito interessante também analisar as diferenças entre a fauna e a flora do deserto em comparação com a do Brasil (convenhamos, não é pouca). Também foi uma visita importante para aprendermos que, por ser um deserto, não significa que essa região não tenha vida. Pelo contrário, os animais que aqui vivem (geralmente noturnos) se adaptaram de uma forma impressionante para sobreviver a temperaturas escaldantes.

Na volta ao campo, a forte ventania novamente cobriu tudo na barraca com areia. Aqui vão algumas fotos para mostrar.


Olha o tanto de areia que tem embaixo da mochila!


Eis que, no meio da tarde, começa a cerimônia de encerramento. Em um grande círculo, pessoas de todos os países estavam vestidas com suas roupas típicas e apresentavam um pouco da sua cultura. Quando arrumei minha mala, decidi trazer uma roupa de festa junina pois era algo prático e leve, então não ia atrapalhar muito (:

Algumas horas depois (sim, demorou bastante e tivemos um intervalo de 30 minutos... acho que foi em alguma hora sagrada islâmica), sentamo-nos à mesa para comermos e assistirmos às últimas cerimônias, nas quais entregaram os últimos presentes (não sei onde vai caber tanta coisa na mochila) e nos deram os últimos apertos de mão oficiais. Está encerrado o 5º Encontro Internacional Escoteiro em Sharjah!

Ínicio da cerimônia de encerramento
Essas duas semanas que se passaram foram maravilhosas: conheci uma cultura completamente diferente, aprendi que o escotismo pode ser expandido para novos horizontes e, claro, fiz novas amizades. Percebi como o Brasil é adorado pelos mais diversos povos e como é bom ser brasileiro. Agora, é aquela hora díficil na qual temos que preparar a mochila para retornar para casa e escutar "goodbye" sem saber quando reencontrará a pessoa de novo. Certamente estou voltando uma pessoa diferente, afinal, aprendemos e crescemos muito em eventos como esse.

Como todo bom escoteiro brasileiro, só tenho uma coisa a dizer:
“Não é mais que um ‘até logo’,
Não é mais que um breve adeus.
Bem cedo junto ao fogo,
Voltaremos a nos ver”
Obrigado a todos que leram o blog. Cada comentário, cada curtir no facebook me motivava mais ainda a escrever e viver esse encontro. Espero que vocês tenham gostado e que tenham captado um pouco da impressionante cultura árabe assim como eu o fiz. Sempre alerta!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Translator

Já que eu vi algumas bandeiras não-brasileiras no contador do blog, resolvi colocar esse pequeno tradutor. Apenas clique na bandeira ao lado para escolher a língua. Claro, por ser baseado no Google Translator, não é a melhor tradução do mundo, mas já quebra um galho ;)


For English speakers:

Now, you have the option of a translated blog. All you have to do is to click on the flag at the left side and choose which language to read. Ofc, because it's based on the Google Translator, it isn't the best translation of the world but you can at least read something ;) Enjoy yourselves.

Deserto!


Primeiramente, peço desculpas por não ter postado nada ontem no blog, mas, por alguma razão que não sabemos, não nos deixaram entrar no prédio que possui conexão ontem à noite... ou seja, sem posts. Pelo menos, hoje nos deixaram acessar por 15 minutos. Por sorte, as atividades de ontem e de hoje são fáceis de descrever e não vão tomar muito tempo.

Ontem, pela manhã, recebemos a visita de um grupo escoteiro especializado em jovens surdos. Foi muito bacana ver como o movimento escoteiro foi adaptado para que todas as lições que nós conseguimos aprender também pudessem ser passadas para eles. O mais interessante é ver como eles possuem palmas escoteiras mesmo não conseguindo ouvi-las. Realmente, é isso que precisamos fazer: inclusão total!

Logo após, fomos à Universidade de Sharjah. A universidade possui um campus enorme, sendo impossível andar por toda sua extensão a pé. Coitadas são as pessoas que tem que andar de um prédio ao outro no intervalo das aulas, hahaha. Além disso, o complexo inteiro é muito bonito e bem conservado. Passamos um tempo no Centro Olímpico, praticando esportes e eu, como todo bom brasileiro, decidi jogar futebol. Fizeram uma pequena disputa entre os subcampos, na qual eu marquei um gol... todos foram parabenizar o “Kaká”, pois é assim que me chamam aqui. Tive mais sorte com o apelido do que o Winder (se você não entendeu a piada, clique aqui). Meu time ficou em segundo lugar, infelizmente :/

Algumas fotos da universidade:

Apenas um dos prédios
Outro prédio da universidade
Uma das ruas... olha o tamanho do local!

Dragon Mart

Por fim, fomos a um grande mercado chinês, chamado Dragon Mart, apenas alguns quilômetros de lojas chinesas vendendo tudo que existe no mundo (inclusive roupa árabe, hahahaha).
Achei suco de Tamarindo no mercado chinês! (É horrível, não bebam)

Hoje, entretanto, foi muito mais interessante. De manhã, assistimos uma palestra do Escritório Árabe Escoteiro mostrando o que eles vêm contribuindo para a inclusão de jovens portadores de necessidades especiais.

De tarde, fomos andar de quadriciclo no deserto, muuuuuito divertido já que eu nunca tinha pilotado um. As dunas não eram tão altas mas a velocidade era suficiente pra nos entreter por 30 minutos ininterruptos.

Deserto a perder de vista!
Por fim, fomos literalmente ao deserto. Com 5 pessoas em cada carro, atravessamos grandes dunas que me lembraram muito o litoral nordestino, com a exceção de se estenderem por todo o horizonte, por todos os lados. Chegamos então a um local especial, no qual prepararam mesas e um palco para que pudéssemos jantar e assistir a danças típicas, tudo no estilo árabe de ser. De vez em quando, colocavam umas músicas que todos animavam e iam dançar como árabes, inclusive eu, hahaha.

Aproveitei para perguntar algumas dúvidas que eu tinha quanto ao islamismo e, como eu já esperava, percebi que ele se assemelha muito às crenças cristãs. Afinal, o principal objetivo de todas religiões é apenas promover a paz em todo o mundo, cada uma com sua crença, cada uma com seu ritual.

Da esquerda para a direita: Finlândia, Bélgica,Canadá, Austrália, África do Sul e Brasil no jantar árabe!
Acho que não tenho mais muita coisa pra falar. Infelizmente, o encontro está chegando ao fim e estamos começando a nos despedir das primeiras pessoas a ir embora (por enquanto, só dos árabes, que tem que voltar à universidade), mas não vou falar disso agora, deixarei a choradeira para depois do encerramento, que será amanhã.


Até amanhã, pessoal!


PS: Hoje a ventania estava tão forte, que entrou MUITA areia por baixo da barraca. Resultado: tá tudo cheio de areia!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Necessidades especiais e aquário

Hoje foi um dia muito especial, pois visitamos o Sharjah City for Humanitarian Services, um centro especializado em ensino e reabilitação de jovens portadores de necessidades especiais. Afinal, toda essa viagem tem a motivação de desenvolver o escotismo para tais jovens. Nesse centro, busca-se a reabilitação do jovens para a vida cotidiana, além de fornecer um ensino diferenciado, de acordo com a necessidade de cada um.

No perímetro do Sharjah City, existem diversos centros, cada um especializado em um tipo de deficiência, sempre buscando dar o melhor tratamento para os jovens. Entretanto, algumas deficiências influenciam na velocidade de aprendizado e, portanto, vários exames são realizados a fim de se descobrir com que rapidez ensinar cada aluno. Além de ensino, contam com um centro de fisioterapia e terapia ocupacional. O primeiro, trata de movimentos mais básicos, como equilibrar-se, levantar, abaixar. O segundo, trata de movimentos mais finos, tais quais escrever ou escovar os dentes.

Fisioterapia para as crianças

Logo em seguida, seguimos para um prédio no qual os alunos podiam aprender carpintaria e pintura. Um ponto legal é que o material construído era utilizado no próprio centro. Portanto, na carpintaria, eles constroem muitos brinquedos pedagógicos e materiais de apoio, como suporte para alunos com problemas na coluna. Claro, o trabalho de cada um era adaptado para a sua capacidade de movimentação e precisão. O mais interessante é que os alunos, ao crescerem e se formarem, podem virar professores de carpintaria para os mais novos! O material da carpintaria passa, então, para a ala da pintura onde outros alunos os deixam mais bonitos.

Algumas curiosidades que eu notei durante o passeio foi que mulheres são maioria entre os funcionários do centro (quem diria que isso era permitido na arábia...) e que as crianças são inseridas na cultura árabe desde cedo, o que implica na utilização de véu pelas garotas desde pequenas. Também notei que as portas eram largas e havia rampas em todos os prédios, para facilitar a movimentação de cadeirantes. Infelizmente, não possuo fotos pois não era permitido tirá-las :( só consegui essa da fisioterapia.

Depois da carpintaria, fomos para a escola de surdos. Como nos disseram no início, os alunos surdos possuiam QI normal, assim, a escola era apenas adaptada no seu meio de comunicação. A escola lidava com alunos a partir de 6 anos, garantindo o ensino fundamental e médio, sendo que muitos dos jovens continuavam os estudos na universidade. As turmas eram pequenas (cerca de 4 pessoas) para que o professor pudesse dar total atenção a cada um dos estudantes.

Logo em seguida, fomos ao aquário de Sharjah, que também era um museu da história marítma da cidade. Segundo o museu, a pesca na região existe há aproximadamente 4 mil anos, sendo que as pérolas encontradas desenvolveram o local, atraindo barcos mercantes e colocando-a na rota comercial. O aquário também possuia uma quantidade notável de tubarões e arraias, além de outros animais marítimos diferentes.

Arraia vista pelo tubo do aquário... ela estava passando por cima de mim nesse momento
Parede de corais

Peixe estranho (não faço a menor ideia no nome, hahahaha)
Por fim, nossa programação da noite foi cancelada... íamos fazer compras em um shopping mas o Sheikh nos “convidou” para assistir ao festival das luzes, que ocorre de 9 a 12 de fevereiro (lembra que eu falei como o Sheikh é venerado?). Ficamos lá bastante tempo esperando o Sheikh chegar, mas valeu a pena. Assim que eu voltar para o Brasil, posto aqui o vídeo (e vários outros que eu gravei) para que todos possam ver, já que a internet é muito lenta.

Enfim, mais um dia se passou e muitas coisas aconteceram. O que eu consigo, escrevo aqui pra compartilhar com vocês (: Me despeço de vocês com esse maravilhoso pôr-do-sol. Abraço a todos!

Presente da natureza

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dia Cultural


Não tivemos atividades externas, apenas a arrumação do estande para o dia cultural. Foi até muito bom, porque conseguimos relaxar um pouco dos cronogramas apertados e, assim, conversar um pouco mais. Mostrei muito do Brasil para o Alex (Canadá) e o Rafael (Finlândia).

É muito bom perceber o quão cultural nosso país é. Temos danças, festivais, artes marciais, religiões, música, poesia, literatura... isso é demais! Por exemplo, só pra explicar que, no Reveillon, eu coloquei flores no mar para Iemanjá, é necessário explicar o que é Iemanjá, explicar um pouco do candomblé, falar sobre a escravidão no Brasil e a mistura étnica entre portugueses, indígenas e africanos (: Ao preparar meu stand, fiquei com mais e mais vontade de viajar por tooooodo o Brasil, visitando cada estado da nossa pátria amada. Afinal, de que vale conhecer o mundo se não conhecemos a nós próprios?

Comida de Tajiquistão
Para mostrar um pouco do Brasil, preparei um conjunto de fotos de cada região, tentando mostrar um pouco da arquitetura típica, da natureza e dos pontos turísticos em geral. Como comidas típicas, trouxe pé-de-moleque, paçoca, bananada e castanha de cajú. Muitos escoteiros já conheciam a castanha de cajú mas, como ela é muito cara, raramente ou nunca a comiam, então foi uma experiência bacana para eles. A paçoca também fez bastante sucesso!

Claro, não podia faltar a música brasileira. MPB, samba, forró, sertanejo e até funk foram os representantes da nossa diversidade musical. Claro, o samba era reconhecido pela maioria, entretanto, os outros estilos também foram muito bem recebidos.

Representantes americanos :D Da esquerda para a direita: Rep. Dominicana, Canadá, Brasil (vulgo eu), El Salvador, Colômbia, Uruguai, Guatemala e Paraguai.
É interessante notar como a culinária se difere entre os países, principalmente entre continentes. Quanto mais distante o país está, mais estranha se torna sua culinária. As roupas típicas das regiões também são muito interessante, assim como as línguas e os dialetos falados. Estando em um uma exposição cultural como essa, é impossível não querer aprender todas as línguas e culturas do mundo inteiro.

O ponto alto da noite foi a apresentação para o Sheikh. Como ontem ficamos ensaiando, hoje tudo foi bem executado. Entramos no palco, cantamos uma música e depois nos despedimos... não foi nada muito complicado mas a tensão dos escoteiros árabes demonstrava claramente como esse momento era importante.
Outros stands!

Aliás, já que eu to falando disso, vou tentar explicar em palavras o sentimento deles pelo Sheikh. Sua foto está em todos os lugares... sem brincadeira, apenas aqui na sede do evento, já contei mais de 15 fotos (e pinturas) do seu rosto. Todos o veneram de uma forma que nunca tinha visto antes. Me lembrei muito das aulas de história, quando estudávamos o “culto à pessoa” de alguns sistemas governamentais. Para ter uma ideia, antes do Sheikh chegar e começar a visitar os stands, eles revistaram umas 4 ou 5 vezes cada stand para saber se estava tudo certo. Tinhamos a posição na qual deveríamos estar, o que deveríamos falar e como nos comportar. Durante a apresentação no palco, tivemos que olhar para Sua Alteza o tempo todo, além de sermos todos revistados por completo... acho que deu pra ter uma ideia.

Por enquanto é isso gente, to saindo pra jogar um pouco de futebol :D Abraços a todos!

PS: Winder, aqui vai um presente pra você:
Abraço especial do Teeno para o Winder Garcia